sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Contas Sintéticas e Contas Analíticas

As contas sintéticas resumem uma série de contas da mesma natureza. É a expressão de um fato maior. É a conta que aparece nos balanços. Exemplos: Despesas de Administração – Despesas de Vendas – Despesas Financeiras – Despesas Tributárias – Despesas Eventuais –Bancos – Clientes – Fornecedores etc.
As contas analíticas observam os fenômenos mais por suas espécies do que por suas naturezas. Exemplificando: Salários, Aluguéis, Honorários, Juros, Comissões, Banco do Brasil, Banco Itaú, Rodrigues & Cia. Ltda., José Antonio dos Santos etc.
Nos primórdios da Contabilidade o registro das despesas no livro Diário não agrupava os gastos em contas da mesma natureza. Contas simples e analíticas, dificultando ou pelo menos trazendo dificuldades num processo de análise.
Mercadorias, por exemplo, era a conta destinada á contabilização de tudo aquilo que se referia á movimentação dos bens destinados á venda: estoque inicial, compras, vendas, estoque final. A evolução técnica motivou a nova forma de registro: Mercadorias-C/Estoque Inicial, Mercadorias – C/ Compras, Mercadorias – Transporte, Mercadorias – C/ Vendas, Mercadorias – C/ Estoque Final. Muita objetividade e técnica na contabilização.
Não restam duvidas de que a mecanização dos lançamentos contábeis; a formulação de Planos de Contas foram fatores decisivos ao aprimoramento do trabalho dos profissionais de contabilidade.
Com o advento da informática, então, passamos a viver e conviver com um sistema confiável e seguro livre das agruras e dificuldades presentes no sistema de antanho: livros escriturados a mão e com excessivas transcrições, do livro Diário para os livros Razão Geral e de desdobramentos; do livro Diário para o livro de Contas Correntes etc. etc.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

TERMOS TÉCNICOS

Há algum tempo um parlamentar brasileiro, imbuído certamente dos melhores propósitos, quis tornar LEI à proibição de uso de vocábulos estrangeiros no país.
A sua intenção tem vezo nacionalista e até merece apoio. Não há justificativa ao uso generalizado de palavras estrangeiras como deparamos a todo o momento.
Contudo, na linguagem técnica é difícil e até mesmo impossível adotar-se tal orientação.
Na Contabilidade, por exemplo, há muitas dificuldades em se traduzir adequadamente ordenamentos técnicos. Assim o entendem muitos estudiosos brasileiros da ciência de Masi.
A razão é a preponderância das obras de autores italianos, os maiores cientistas de Contabilidade do mundo.
Como ilustrações desse estudo, relacionamos:
Azienda, a tradução pretendida “fazenda” não pegou.
Reddito, expressão usada há mais de um século, pelos escritores e tratadistas italianos de Contabilidade, significando o aumento ou a diminuição que um capital sofre, em determinado período de tempo, em virtude de os fatos de gestão. Adotamos rédito, positivo e negativo, em português.
Rilevazione, que significa por em relevo. Os autores portugueses traduzem essa palavra por “relevação”.
No Brasil, “alguns estudiosos têm traduzido “rilevazione” por “levantamento”. Para o maior escritor de Contabilidade do Brasil, o Prof. Francisco D ´ Áuria, a palavra “representação” deveria ser a adotada.
Costo e ricavo, duas palavras de uso freqüente na literatura contábil italiana.
A tradução de “costo”, não oferece nenhuma dificuldade; é custo. Todavia, a palavra “ricavo” é de difícil tradução em nossa língua pelo fato de não se encontrar um termo que exprima com exatidão o seu legítimo sentido em italiano.
“Proveito”, “resultado” e “recuperação” são as traduções mais aceitáveis de “ricavo”, visto que “receita” e “ ingresso”, usadas por alguns autores nacionais, são consideradas por muitos renomados autores como inaceitáveis.

sábado, 13 de setembro de 2008

Contas Singulares e Contas Coletivas

Segundo o grau de sua extensão as contas podem ser classificadas Contas Singulares e Contas Coletivas.
Contas Singulares são as que se referem a um objeto ou a uma pessoa. Exemplos: Café, batata, cebola, arroz, milho, Banco X, Casa dos Cereais, Instituto Nacional do Seguro Social etc.
Para o professor Antonio Lopes de Sá, o grande líder da doutrina do Neopatrimonialismo, contas singulares são as contas que não tem subdivisão; também chamadas contas simples; registram fatos de tal simplicidade que não admitem desmembramento ou análises.
Contas Coletivas são as contas referentes a mais de um objeto ou a mais de uma pessoa, representadas individualmente por contas singulares. Exemplos: Mercadorias, Contas Correntes, Bancos, Imóveis, Veículos, Clientes etc.
Entendem autorizados e competentes estudiosos da ciência contábil que as Contas Coletivas diferem das Contas Sintéticas porque podem reunir fatos de natureza diversa. Consideram-nas contas englobadoras, exemplificando com a conta de Despesas Gerais que reúne gastos administrativos, gastos de vendas, gastos financeiros, gastos comerciais, gastos tributários, gastos extraordinários etc. Exemplificam, ainda, com a conta de Mercadorias porque abrange todas as espécies de artigos destinados á venda.
As Contas Coletivas poderão serem consideradas Contas Sintéticas se subdivididas em outras subcontas. Concluímos, então, que as Contas Coletivas podem ser consideradas também Contas Sintéticas, mas nem todas as Contas Sintéticas podem ser consideradas Contas Coletivas.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Contas Definitivas e Contas Provisórias

Segundo o tempo e sua utilização as contas são classificadas em definitivas e provisórias.
São chamadas contas definitivas as contas representativas dos elementos patrimoniais de uma empresa ou entidade. São exemplos de contas definitivas: Veículos, Caixa, Imóveis, Capital. Também as contas de despesas e de receitas podem ser assim classificadas.
As contas definitivas dividem-se em duas categorias: Contas permanentes e contas cíclicas.
São contas permanentes as contas que têm duração longa, representando os elementos patrimoniais. Só desaparecem quando os elementos que representam são baixados do patrimônio por motivo de venda, perecimento pelo uso, ou outras razões de ordem legal.
Contas cíclicas são as que têm duração de um exercício administrativo e financeiro e são encerradas por ocasião do balanço. Reaparecem no ano seguinte para um novo ciclo operacional.
Contas provisórias são as contas de duração transitória. Representam, em geral, elementos ainda não perfeitamente identificados ou ainda não classificados. Alguns exemplos: Despesas a Classificar, Valores a Ratear, Valores a Apropriar. São muito úteis em determinados momentos para registro de documentos que contemplem operações de várias naturezas, como por exemplo, a contabilização de uma nota fiscal relativa a compra de mercadorias para venda, móveis para uso do escritório,materiais de consumo etc. Podem também ser chamadas contas de interferência, reconhecidamente de extrema utilidade à clareza do registro contábil.